segunda-feira, 2 de abril de 2012

Depois de longas férias, volto a dar notícias...


Depois de um tempo sumido do blog, volto com muito atraso para dar notícias a quem anda preocupado ou curioso de como andam as coisas. Bom, para começar, estou em Iquique, no norte do Chile, desde sexta-feira, para consertar a moto. Em terras estrangeiras, além do Chile, já passei pelo Paraguai e Argentina.

Na Argentina, curti bastante o norte do país, que ainda não conhecia. O lado negativo foram os custos. Fiquei impressionado como a Argentina está cara. Desde a última vez que estive lá, há uns dois anos, os preços dobraram e estão iguais aos do Brasil. A gasolina é muitas vezes mais cara do que no Brasil. O combustível também está com valores semelhantes no Paraguai e no Chile.

Fiquei uns dias em Salta, que é uma das cidades de onde turistas (mochileiros na maioria) saem para fazer os passeios no lado argentino do altiplano, como chamam as terras que ficam no alto dos Andes. A região é de transição para o deserto, com lagoas coloridas e salares, que, ao meu ver, não fica devendo nada para o o altiplano boliviano.



Nesta época do ano, Salta tem chuva quase todos os dias porque as nuvens ficam presas nas montanhas, mas, quando se sobe os Andes e atravessa as nuvens, o céu fica azul, sem uma gota de chuva na secura total do altiplano. Depois de Salta ainda dormi em Pumamarca, um dos diversos "pueblos" andinos da região, e parti para o Chile, para San Pedro de Atacama, pelo Passo Jama, uma das diversas passagens de fronteira com a Argentina.

A chegada no lado chileno foi em San Pedro do Atacama. Aliás, São Pedro estava me perseguindo. Desde que saí do Brasil, não havia um dia em que eu pegasse estrada de moto e que não chovesse pelo menos em algum momento. E não foi diferente mesmo no Atacama, que é a região mais seca do mundo. É claro que foram só uns pinguinhos que nem chegaram a molhar direito, mas choveu. Agora parece que ele parou de me perseguir e água só no chuveiro.


Como já conhecia o Atacama não fiquei muito tempo em San Pedro, duas noites e um dia para descansar. Além disso, no caminho de moto já fui passando pelas principais atrações que ficam ao redor da cidade. Depois de San Pedro, vem a monotonia de centenas e centenas de quilômetros de deserto chileno que perde a diversidade de cores à medida que se aproxima do litoral.

Estou escrevendo de Iquique, um porto no Pacífico de águas azuis cercado pelo deserto. Depois de uns dias correndo atrás de peças para trocar o aro e o pneu traseiro da moto, saio daqui a pouco para percorrer mais uns 450 km e atravessar a fronteira com o Peru. Ah! Faltou falar do Paraguai. Mas também não vi muita coisa por lá e ainda fui roubado em US$ 50 por um policial que inventou que eu tinha passado um limite de velocidade em um lugar que ele nem sabia qual era. Ele me segurou na estrada, a uns 60 km da fronteira, e exigia dólares ostensivamente para me deixar seguir.

Abraços!

Um comentário:

  1. Cláudio, não deixe de colecionar as notas de viagem e fotos para montar um guia ou exposição ao retornar! Independente das perspectivas capitalistas...pode ser um evento disputado por pretensos mochileiros!!!

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