segunda-feira, 11 de junho de 2012

Até parece que eu tô na Bahia...

Salve galera,
Até agora a Costa Rica foi o lugar mais parecido com o Brasil que encontrei em toda a viagem. Tanto do lado do Atlântico quanto do Pacífico, as praias daqui lembram bastante as nossas. Entrei no país pela estrada que beira a costa do Caribe e fiquei dois dias em Puerto Viejo de Talamanca, uma cidadezinha que bem poderia estar na Bahia, com seu ritmo lento, praias com águas quentes e uma mata tropical misturada a coqueiros na beira do mar (como nesta foto na praia de Manzanilla, a 10 km de lá). A diferença é o som o reggae que domina os ouvidos locais.

Já no lado do Pacífico, fui a Manuel Antonio, um conhecido parque nacional que tem montanhas verdes e praias de águas azuis, lembrando Florianópolis. Para completar a semelhança, as praias das cidades próximas são cheias de surfistas e as pranchas fazem parte do visual local. A conservação e a estrutura do parque são bem legais e caminhando pelas trilhas bem demarcadas se vê muitos animais que também são parecidos com os do Brasil, como esse macaco da foto abaixo. A Costa Rica tem uma experiência bem grande em ecoturismo e recebe hordas de estrangeiros para isso.



Chegando à capital, San José, não vi nada demais nessa organizada cidade, cheias de redes de fast food americanas e sem uma identidade marcante. Uma característica é que as ruas são todas nomeadas por números, mas não há placas com esses números e as pessoas da cidade também não os conhece. Os endereços são todos com referências de prédios conhecidos, como 100 metros ao sul do prédio do Banco da Costa Rica. Coisa de maluco.

Amanhã, saio bem cedo rumo à Nicarágua. Queria ter ido hoje, mas o mecânico demorou a trocar a roda da frente da moto e decidi sair só amanhã para não pegar noite na estrada. Isso mesmo, já é a segunda roda que tenho de trocar. Os aros de ambas estavam enferrujados e estavam furando as câmaras de ar dos pneus.

Ainda no Panamá, na sexta-feira passada, quando estava a caminho da Costa Rica, o pneu da frente furou duas vezes no mesmo dia. A segunda foi à noite no meio de uma área indígena, que não tinha borracheiro algum. Andei 10 km com o pneu vazio até parar em uma venda. Lá, tirei a roda para levar a um borracheiro no dia seguinte, na próxima cidade. Um americano que estava na venda e vive desde 1979 no lugar deixou eu passar a noite numa rede na varanda da casa sobre palafitas que está construindo no meio do mato (foto acima).

Problemas com a moto têm sido a parte mais desagradável da viagem. Já tive cinco pneus furados, duas panes elétricas durante as chuvas, uma corrente arrebentada e um sem-número de raios quebrados na roda traseira. Tomara que agora, com as duas rodas novas, a moto que já tem 15 anos de idade e mais de 160 mil km rodados pare de dar problemas.

Abraços,
Claudio.

2 comentários:

  1. Se cuida, Cacum!!!!! E não deixe de dar noticias!!! Tia Ana

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  2. Cláudio, depois desta aventura, o fabricante da moto vai estar é orgulhoso do projeto, rs! Iniciar uma jornada como a sua com uma senhora moto e ela falhar tão pouco é louvável!
    Senta a Pua!

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