Olá pessoal,
Passei por três países sem escrever nada aqui no blog (desculpem se causei preocupações pelo sumiço a alguns dos valiosos cinco leitores) e já estou na Guatemala, que está se mostrando realmente incrível. Entre Nicarágua, Honduras e El Salvador, optei por conhecer melhor o primeiro e só atravessar os outros dois para ter mais tempo aqui.
A Nicarágua foi uma boa surpresa para mim. Além do cenário natural peculiar nas Ilhas Ometepes (foto acima), as conversas e histórias dos nicaraguenses valeram
a visita. As ilhas são formadas por dois vulcões que emergem no meio do Lago
Nicarágua. As circunferências delas são de cerca de 30 a 40 quilômetros e lá
vive uma população rural, bastante hospitaleira. Os vulcões de cerca de 1,500 metros de altura acima do nível da água são cobertos por uma mata tropical bem preservada, cheia
de macacos e pássaros. Um deles ainda está ativo e o outro tem um lago no que
era a cratera.
As histórias dos nicaraguenses giram principalmente em torno
das duas últimas guerras civis, que marcaram a história do país. A da década
de 70 para acabar a ditadura Somoza e depois a dos Contras que tentavam derrubar
o governo sandinista. Esta última foi da década de 1980 até o início dos anos 90 e
quase todos os homens com mais de 35 anos tiveram alguma participação. A atmosfera
no país, no entanto, não é triste por isso. Pelo contrário, a maioria parece bem
animada com o presente e o futuro. Acho que o turismo crescente parece ajudar a
economia do país a se recuperar.
Quanto a Honduras, passei somente 150 km para atravessar o
país no menor caminho possível e a experiência não foi das melhores. O
funcionário da fronteira me cobrou 35 dólares pela autorização de entrada da
moto, que vale menos de 10 dólares e as estradas e construções do país parecem destruídas. El Salvador me pareceu em melhores condições financeiras, mas
atravessei o país em uma tarde e uma manhã, sem ver quase nada além de
estradas.
Na entrada da Guatemala, a moto (ela de novo!) me deu
algumas dores de cabeça, com panes elétricas que queimaram três fusíveis em um dia - a
minha velha companheira de guerra, XT 600, que tem 15 anos e mais de 160 mil km
rodados, parece cansada, mas acho que aguenta até o fim. A sorte é que a pane final foi a
alguns quarteirões de uma concessionária Yamaha, na capital do país (Cidade da
Guatemala, conhecida como Guate), em que o gerente (grande Sérgio Mendes, que
tem nome de cantor brasileiro) costuma ajudar os viajantes de moto. Resultado:
fez uma revisão completa e não me cobrou absolutamente nada. Tudo de graça. E
isso foi só uma mostra das boas-vindas que recebi por aqui. Agora começo a
desbravar mais este país antes de partir para o México.
Abaixo seguem algumas fotos da Nicarágua:
Vista de Granada, cidade do século XVI que fica às margens do Lago Nicarágua
Transporte público na também histórica Léon, berço das revoluções nicaraguenses
Vista do vulcão ainda ativo das Ilhas Ometepes
Abraços,
Claudio.
Claudio.
Cacun, não some ranto!!!! Estamos orgulhosos da sua aventura!!! Tia Ana
ResponderExcluirAbração meu irmão. Siga na aventura.
ResponderExcluirLindas fotos, primo!! Boa sorte por aí!!
ResponderExcluirCarla
Po tá sumidão....Dá noticias e boa sorte!
ResponderExcluirAbs,
Renato V. Duque.